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Quando os hieróglifos dançam (numérica)
Um jovem egípcio, marcado por um destino sagrado, inicia um caminho de iniciação repleto de provações: imersão nas trevas, travessia do deserto, rivalidades silenciosas e um amor profundo. A cada etapa, ele cresce através da escuta, compaixão e coragem de dançar com sua sombra. Um relato iniciático onde a sabedoria antiga e o despertar do coração se unem em uma dança interior.
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描述
No antigo Egito, no coração de um destino traçado pelos deuses, Khnoumhotep, um jovem aldeão marcado por um nascimento excepcional, sai de sua margem familiar para se juntar ao templo de Philae. Lá começa uma jornada iniciática repleta de provações: as trevas de um reservatório sagrado, a solidão do deserto, os silêncios pesados de rivalidade… Mas cada prova revela nele uma força insuspeitada — uma força feita de escuta, compaixão e unidade, que cresce à medida que ele se abre ao mundo e a si mesmo.
Entre a sabedoria dos sacerdotes, os olhares dos rivais e o amor silencioso de Ipy, Khnoumhotep descobre o verdadeiro heroísmo: uma dança interior entre medo e coragem, entre sombra e luz, onde cada passo em direção a si mesmo é um passo em direção ao sagrado. Quando os hieróglifos dançam é um relato profundo e poético, onde a alma humana desperta ao ritmo dos elementos, das estrelas… e do coração.
其他信息
Número de página | 49 |
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Capítulo 1: A Argila Bruta do Nilo
O sol, como um olho de Rê ainda ardente, martelava os tijolos crus da aldeia, perto de Kom Ombo. Mas a criança não o sentia. Khnoumhotep era um mundo em si mesmo, ajoelhado na frescura da lama, seus braços nus, imersos até os cotovelos no abraço escuro do Nilo. Seus dedos, ágeis e pacientes, apalpavam a lama, em busca do azul sagrado das carapaças de escaravelhos. Era um azul vibrante, uma cor que só a terra podia dar. Um azul profundo, constelado de promessas, que carregava em si o sopro do renascimento. Ele sabia que essas criaturas raras e insondáveis viviam no limiar do mundo dos vivos e o dos ancestrais. O chapinhar da água, o canto áspero dos pescadores: eis a melodia de sua busca.
O cheiro da lama, rico e potente, misturava-se ao mais delicado dos lotos, criando um perfume capitoso que embriagava a criança. Havia naquela lama a vida e a morte, um ciclo eterno que o coração de criança compreendia sem palavras. Da lama, construíam-se as casas. Da lama, tirava-se o sustento. Ela era o crisol da existência.
De repente, seus dedos encontraram uma resistência, dura e lisa. Uma forma que não deveria estar ali. Com uma delicadeza infinita, ele desenterrou o objeto. Era uma pequena estátua de Hathor, desgastada pelo tempo. O sorriso benevolente da deusa ainda era visível. O mármore branco parecia vibrar com um calor anormal entre suas mãos, um murmúrio silencioso percorreu todo o seu ser, como um presságio. Ele apertava a estátua contra o peito, sentindo uma vibração se propagar nele, um eco de uma história muito antiga, muito mais vasta que o Nilo.
O sol se encobriu de repente. O céu escureceu. Uma sombra imensa deslizou sobre a água e cobriu Khnoumhotep. O brilho da estátua se apagou. A criança levantou a cabeça. Ele a viu. Ela estava lá. Nascida da sombra projetada dos juncos, uma figura feminina erguia-se na margem. Uma aparição inesperada, uma visão de pureza e mistério. A sacerdotisa. Seu linho, de uma brancura imaculada, refletia os últimos raios do sol poente, como se ela sozinha pudesse captar sua essência. Seus olhos, de um negro profundo, não o olhavam apenas, eles o liam, como um papiro sagrado, um texto do qual ele ainda estava longe de compreender o sentido.
Ela se chamava Meritites, e seu nome era sussurrado com uma mistura de respeito e temor, como um vento poderoso, mas invisível, que se enrolava em torno da alma dos aldeões. Ela se aproximou, seu passo era silencioso, fluido. Seu ser parecia tecido de silêncio e luz. Khnoumhotep, o coração acelerado, estendeu-lhe a estátua de Hathor, incapaz de vê-la como uma simples mulher de carne.
“O rio te falou, criança,” disse ela, sua voz era suave, e sem esforço, ela a carregava sobre o murmúrio da água. “O rio te fala…”
Meritites acenou com a cabeça, um sorriso enigmático nos lábios. Mas seu olhar pousou sobre um escaravelho azul que acabara de se libertar da lama, perto da mão da criança. O escaravelho era de um azul tão profundo que absorvia a luz, um tesouro vivo surgido da argila.
Com um gesto rápido e preciso, ela o pegou, uma faísca de vida em sua palma. O inseto debatia suas patas em sua mão. “Por que chorar o fim de uma única vida?”, murmurou ela, mais para si mesma do que para ele, “quando se trata de começar uma nova?”
Em seguida, ela fechou a mão. Um estalo seco e terrível foi ouvido. O som era estridente, dissonante no silêncio do crepúsculo. Khnoumhotep deu um soluço de surpresa. Seus olhos de criança se encheram de lágrimas, uma tristeza infinita apoderou-se de sua alma diante daquele fim brutal.
Meritites reabriu a palma da mão. O tesouro azul não passava de um pó iridescente misturado à lama. “Por quê?” gaguejou a criança, a voz quebrada, a garganta apertada.
A sacerdotisa permaneceu em silêncio. Em vez de responder, mergulhou o dedo indicador na cavidade de sua mão, misturando o pó da carapaça, a lama e a água do Nilo. Uma unção sagrada, uma alquimia divina. Inclinou-se, segurou o queixo de Khnoumhotep e traçou lentamente um hieróglifo em sua testa. O contato não era quente, nem frio. Era uma queimadura silenciosa, uma sensação de vazio que se abria nele, como se um caminho acabasse de se desenhar dentro de sua própria alma. Pela primeira vez, percebeu a imensidão do mundo e a pequenez de sua própria vida. A dor e o maravilhamento entrelaçavam-se, criando uma sensação paradoxal de dor voluptuosa. Não compreendia, mas sentia. Sentia que sua vida acabara de bascular, que seu destino se ancorara em algo maior, mais poderoso que a simples existência que conhecera.
O rosto de Meritites suavizou-se ao presenciar o vilarejo agitar-se, novos rostos surgindo. Khnoumhotep, olhos arregalados, voltou-se para seus pais, que se aproximavam com um misto de preocupação e orgulho. O vilarejo estava em festa, cantos elevando-se, tambores ressoando. O pai da criança, homem de olhar altivo e sorriso largo, avançou, o braço sobre os ombros de sua esposa, cujos olhos brilhavam de lágrimas de alegria.
“Senhora,” começou ele, voz trêmula de alegria, “sabíamos que um grande destino aguardava nosso filho. Sentíamos isso na água do Nilo, nos gritos dos pescadores, no ar que se enchia da bênção de Hathor. Sabíamos que você viria, pois o próprio rio nos fez o presságio.”
A mãe de Khnoumhotep, rosto curtido pelo sol, mantinha as mãos juntas em oração. Não temia a sacerdotisa. Respeitava-a, acolhia-a. Via nela o instrumento dos deuses, aquela que viera cumprir uma promessa feita ao céu e à terra.
Meritites voltou-se para eles, seu olhar acalmando a tensão de seus corações. “Ele não é uma oferta, mas uma ponte. Temem perdê-lo, e seu temor é justo. Mas o templo de Ísis não rouba as crianças de suas famílias. Teca seu destino ao dos deuses e do invisível.”
Ela gesticulou em direção ao rio que os sustentava. “O próprio Nilo nos ensina. Durante a estação da cheia, quando a terra descansa sob as águas, seu espírito despertará em Philae. Aprenderá os cantos, os escritos e os segredos das estrelas. Mas quando as águas se retirarem para tornar a terra fértil, voltará para vocês. Voltará todos os anos,” insistiu suavemente, fixando o olhar na mãe da criança. “Sua alma crescerá conosco, mas suas raízes permanecerão aqui, no limo que o viu nascer. Aprenderá a ler os hieróglifos sem esquecer como consertar uma rede. Não há escolha entre o céu e a terra, devemos caminhar entre os dois.”
Os aldeões haviam se reunido ao redor deles, ouvindo cada palavra com respeito religioso. Viam em Khnoumhotep a promessa de uma bênção para sua comunidade. O pai, homem taciturno cujo rosto enrugado traía a alegria, compreendeu essa linguagem, aquela do rio e das estações. Segurou o braço de Meritites, olhos brilhando de admiração. “Que os deuses te abençoem, senhora. Nosso filho caminhará na luz de Ísis. Ele é a honra do nosso vilarejo.”
Sua esposa deixou escapar uma lágrima, não de tristeza, mas de uma esperança tão vasta e avassaladora que era dolorosa. Já via seu filho, crescido, diferente, mas sempre seu. Os cantos recomeçaram, os tambores bateram mais forte, e todo o vilarejo celebrava a grandeza da criança que partia para melhor voltar.
Meritites inclinou-se uma última vez sobre Khnoumhotep, cujo rosto agora estava mais sereno. “Este sinal em sua testa, criança, não é uma marca de posse. É uma porta. Ousa atravessá-la?” Khnoumhotep olhou para sua mãe, que fez um sinal de cabeça quase imperceptível, depois para seu pai, que havia posto uma mão tranquilizadora no ombro de sua esposa. Todo o vilarejo era um murmúrio de aprovação e encorajamento. O medo ainda estava lá, mas agora misturado à promessa reconfortante do retorno. Ele assentiu lentamente.
Enquanto a barca se afastava da margem, Khnoumhotep lançou um último olhar para seu vilarejo. Não o deixava para sempre. Partia para aprender a vê-lo de outra maneira. Deixava a argila bruta do Nilo para o santuário da Deusa, com a certeza de encontrar novamente o calor de seu lar e o conforto de sua mãe.
O sol poente, como um hieróglifo de fogo, refletia-se no rastro da barca. Ele permaneceu por muito tempo na forma de um deus que Khnoumhotep ainda não reconhecia, um deus que o aguardava nas profundezas de seu próprio coração e nas margens familiares de sua casa. Era a essência de seu destino, uma cheia eterna e uma retirada eterna, que deixaria para trás uma terra mais rica e fértil. Khnoumhotep era o lodo e o céu, o homem e o deus, a vida e a promessa.
Capítulo 2: O Barco das Estrelas Poentes
O sol, um olho de falcão ferido, desvanecia-se por trás das dunas ocre, deixando o céu se dissolver num lavado de púrpura e ouro. Khnoumhotep, os pés descalços agarrados à madeira lisa e desgastada do barco, sentia o frescor noturno lamber sua pele. O ar, carregado do cheiro doce das algas e da terra úmida, vibrava
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